Home Conteúdos A nova fronteira do marketing: inclusão e diversidade Publicado em 21 de fevereiro de 2024 *Por Patricia Artoni, professora da FIA Business School Nos últimos anos, temos sido espectadores de uma mudança marcante na maneira como indivíduos e empresas encaram o marketing e a publicidade. A inclusão e a quebra de estereótipos têm se tornado temas cada vez mais presentes tanto no discurso quanto nas práticas empresariais. O que outrora era rotulado como marketing “multicultural” ou “étnico” agora ganha nova roupagem sob o nome de marketing inclusivo, uma estratégia que busca engajar e alcançar indivíduos de todos os contextos e grupos demográficos. A definição de marketing inclusivo pelo The Diversity Movement do American Marketing Association (AMA) lança luz sobre esse conceito: trata-se de uma abordagem que desafia os pressupostos tradicionais sobre consumidores e busca aumentar a representação de pessoas diversas. Mais do que apenas segmentar o mercado com base em características étnicas ou culturais, essa definição reconhece a importância de contar histórias autênticas que reflitam a verdadeira diversidade de nossa sociedade. Os objetivos centrais do marketing inclusivo são variados: refletir a diversidade presente em todas as comunidades, dar voz às histórias daqueles que muitas vezes são negligenciados e confrontar os preconceitos culturais enraizados em narrativas sociais padronizadas. Isso significa que o marketing inclusivo vai além de simplesmente lidar com números ou estatísticas demográficas; trata-se de reconhecer a humanidade em sua totalidade e celebrar as experiências únicas de cada indivíduo. Leia também: Customer Experience: por que essa é a melhor estratégia de marketing? No contexto brasileiro, diversos grupos têm sido historicamente sub-representados em várias esferas, incluindo o marketing e a publicidade. Afrodescendentes, indígenas, membros da comunidade LGBTQIA+, pessoas com deficiência, pessoas de baixa renda e idosos são apenas alguns exemplos desses grupos que enfrentam essa realidade. Algumas marcas tem se destacado com ações nesse sentido: Nubank, Natura, Boticário, Coca-Cola, Amstel, entre outras. A lista é grade, felizmente. Além de ser uma questão moral e ética, o marketing inclusivo também se tornou um imperativo de negócios. As organizações que conseguem ouvir e responder de forma genuína às necessidades e aspirações dos diversos grupos de consumidores têm uma vantagem competitiva significativa. Elas não apenas conquistam a lealdade dos clientes existentes, mas também abrem portas para novos mercados que anteriormente eram negligenciados. No entanto, é crucial compreender que o marketing inclusivo vai além de simplesmente aumentar a representação. Não se trata apenas de fazer o que é certo; é uma estratégia inteligente para o sucesso a longo prazo. Empresas que adotam o marketing inclusivo não apenas causam um impacto social positivo, mas também demonstram sua relevância e sensibilidade às mudanças culturais e sociais em curso. Ao reconhecer e celebrar a diversidade em todas as suas formas, as empresas não apenas fortalecem suas marcas, mas também contribuem para a construção de um mundo mais inclusivo e equitativo. Relacionadas Consumidor Dados Não desperdice seu dinheiro se seus dados são ruins Uma das mais importantes considerações da atualidade quando falamos de novas tecnologias que emergem... Consumidor Experiência Investir na experiência fortalece a marca e garante longevidade ao produto É sábado à noite e o seu único desejo é aproveitar a folga depois...