Home Conteúdos A pressa é inimiga da comissão Publicado em 27 de junho de 2025 Trabalhar de qualquer lugar, faturar enquanto dorme, transformar a internet na sua principal fonte de renda. O marketing de afiliados promete um cenário quase mágico para novatos. Mas alcançar o sucesso depende de uma série de fatores – entre eles, driblar erros comuns que podem acontecer para quem está dando os primeiros passos. “Muitos entram no mercado com promessas mirabolantes de dinheiro fácil. Porém, quando chegam no campo de batalha, veem que o jogo não é bem assim. Então, a frustração é grande, as promessas desvanecem e o player muitas vezes desiste antes mesmo de começar”, explica Márcio Marçal, referência em Marketing Digital e Marketing para Afiliados no Brasil. Essa visão romantizada dos primeiros passos desencadeia um efeito cascata: armados com pouco preparo e muita ansiedade por resultados instantâneos, muitos afiliados desistem sem sequer compreender onde tropeçaram. Marçal, que acompanha o mercado há anos, complementa: “Não vejo o problema propriamente dito como erro do afiliado, mas sim da promessa que o colocou nesse ecossistema chamado marketing digital. Isso gera a falta de resiliência e, se ele tenta avançar, no primeiro tombo, já era. Ele dificil mente levanta”. Leia mais Perpétuo ou lançamento? Eis a questão! Por que seu programa de afiliados precisa de um gerente? Roberto Soares Costa, empreendedor serial e criador de negócios como a Monetizze e SMSFunnel, aponta outro aspecto crítico: a mentalidade equivocada. Para ele, os novatos costumam tropeçar logo na escolha do produto por valorizar apenas a comissão. “Afiliado iniciante costuma midos. Entender as dores da persona que vai trabalhar, as transformações que aquele produto vai gerar, para que ele possa traçar um plano de ataque – e não apenas rodar por rodar”, ressalta Marçal. A escolha do nicho, frequenterar onde o payout [indicador financeiro que mede a percentagem de lucro líquido] é alto, mas esquece que precisa vender. Produtos com alta comissão geralmente têm concorrência maior e exigem mais estrutura de venda. Comece onde você consegue gerar resultado rápido, não onde ‘paga mais’”, adverte. Outro tropeço comum é a dispersão. Muitos tentam dominar todas as frentes simultaneamente: tráfego pago, blog, YouTube, Instagram, WhatsApp, etc. O resultado é previsível: sentir-se paralisado. “Escolha um canal e fique bom nele primeiro”, recomenda Soares. Planejamento, nicho e prática: o tripé da consistência O entusiasmo inicial frequentemente ofusca uma verdade fundamental: venda é processo – e processo exige planejamento. “Sem planejamento, o afiliado vira um ‘tentador de sorte’. Ele posta, impulsiona ou compartilha links esperando conversão. Mas não entende o ciclo do cliente, o tempo de decisão e o que precisa ser feito entre o clique e a compra”, explica Soares. Para quem está dando os primeiros passos, ele sugere uma abordagem prática: defina uma meta realista (como realizar a primeira venda em dez dias), selecione um produto que já tenha material promocional e suporte do produtor, concentre-se em um único canal e estabeleça uma rotina diária de divulgação e ajustes. “O afiliado quando está começando precisa ter produtos que possa ‘colar’ na gerência de afiliamente tratada como mera decisão técnica, esconde armadilhas sutis. Para ambos os especialistas, começar pelo terreno que já se conhece é sempre o caminho mais seguro. “Se você entende as dores, sabe como comunicar”, sintetiza Soares. Ele ainda orienta buscar áreas com demanda ativa e urgente — como saúde, finanças e relacionamentos, onde as pessoas buscam soluções imediatas. Marçal vai além e destaca: “Não é uma questão de produtos, mas de ofertas. Como as ofertas são feitas para fazer os produtos venderem”, resume. Quando errar faz parte do caminho Todo afiliado iniciante vai tropeçar – e isso é parte do processo. O segredo está em extrair aprendizados dos próprios erros, sem apego excessivo às estratégias iniciais.“Errar rápido e corrigir mais rápido ainda é o segredo”, afirma Soares. Ele completa que a melhor forma de se recuperar de uma estratégia mal sucedida é parar e analisar os dados objetivamente. O que gerou cliques? Quais abordagens provocaram respostas? Onde está o silêncio da audiência? A partir dessas respostas, começa o trabalho refinado: dialogar com quem demonstrou interesse mas não finalizou a compra, reaproveitar ativos como listas, páginas de captura e comunidades, e, fundamentalmente, reformular aabordagem sem medo. “Recuperar é simples se ele estiver disposto a ajustar sem apego”, enfatiza. Marçal também ressalta: “A conscientização do erro precisa ficar muito clara. Em qualquer coisa que vamos fazer na vida, vamos errar, errar, errar… Até que vamos acertar. O sucesso é uma sucessão de erros”. As estratégias para acelerar esse aprendizado são surpreendentemente práticas e acessíveis – ainda que frequentemente negligenciadas pelos novatos. Marçal aposta no tráfego para o WhatsApp com atendimento manual como melhor caminho para entender a persona e gerar insights. Soares, por sua vez, recomenda funis curtos, relacionamento direto com potenciais clientes, parcerias com microinfluenciadores e o uso inteligente de provas sociais – desde prints de resultados até depoimentos autênticos. O sucesso, como mostram os especialistas, não vem de uma fórmula mágica. Vem de ações consistentes, análise e ajustes contínuos – especialmente para quem está começando. Estratégias eficientes para quem está começando Segundo o empreendedor serial e criador de negócios, Roberto Soares Costa, quem está começando pode apostar em estratégias para acelerar o sucesso, como: • Funil curto e direto pelo WhatsApp: tráfego orgânico ou pago para um grupo, onde é possível criar relacionamento, enviar prova social e chamar para o link de venda; • Parceria com micro influenciadores: trocar comissão por indicação com quem já tem audiência pequena, mas engajada; • Mensagens personalizadas: criar sequências simples pelo WhatsApp ou e-mail, com base no comportamento (ex: quem clicou e não comprou em 24h); • Reutilizar provas reais: depoimentos, prints de venda, dúvidas frequentes – “Isso converte mais que copy bonita”, destaca. *Por Ju Duarte Leia a edição completa de Afiliados Magazine 2025 Relacionadas MAGAZINE Perpétuo ou lançamento? Eis a questão! No marketing digital, a escolha entre vendas na modalidade perpétua ou concentração de esforços... 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