Bora Groovar?!?

Rodrigo Teixeira explica como quer mudar o paradigma do mercado digital no país com a sua plataforma Groove Digital Brasil

Foto de Rodrigo Teixeira

Bora Groovar?!?

Bora Groovar! É com este chamado que Rodrigo Teixeira quer revolucionar o mercado brasileiro com a nova plataforma Groove Digital Brasil. “Vai funcionar como a entrada em um estado de espírito, mental e emocional de fruição inspirada e criativa. Essa é a nossa grande missão. Quero gerar legado e mudança positiva a partir do que eu conheço, elevar o nível do que se faz no país”, explica.

Tudo começou em 2020, quando Rodrigo criou, com o amigo Fernando Nogueira, o projeto Conexão USA, para entrevistar grandes nomes do mercado norte-americano. “Um dos caras que eu chamei foi o Mike Filsaime. Na oportunidade, ele me apresentou a Groove e fiquei impressionado. A plataforma apresentava recursos que nunca vi em nenhuma outra, integrando ações como upsell, estratégias de conversão, entre outras”.

O próximo passo foi iniciar a preparação para trazer a solução para o país. “Desenvolvemos toda a parte de pagamento para adaptar e funcionar no mercado brasileiro e fechar o ciclo para ter tudo em um lugar só. A Groove vem para fomentar o empreendedorismo e eliminar o gap que existe entre Brasil e EUA. É uma plataforma só, um código só, para que o usuário faça o que sabe de melhor”.

Rodrigo salienta que na Groove será possível implementar, escalar e gerenciar o business online de forma integrada. “A proposta é de fechar o ecossistema para que não seja necessário sair da Groove para nada: fazer processamento de pagamentos, construir páginas, funis de vendas, venda de conteúdo e de produto físico. Além disso, haverá conteúdo de aprendizado e a possibilidade de contratar prestadores de serviços de confiança”.

Quando fala em gap entre Brasil e EUA, o CEO da Groove Digital Brasil ressalta que a pandemia da Covid-19 acelerou um ciclo previsto de cinco anos no mercado para três meses. “Precisamos acompanhar isso. Antes da pandemia, eu já enxergava que oferecer treinamento por treinamento atingiu um limite, não havia mais o que inventar. A sequência do mercado norte-americano foi do treinamento para o plugin e, depois, plataforma. Esse é o mesmo caminho que devemos trilhar no Brasil”, explica.

Tudo começou em treino na academia

A empolgação de Rodrigo Teixeira é resultado de uma transformação pessoal e profissional e traz a bagagem de quem já revolucionou o mercado em outras oportunidades. Nascido na Suécia, mas brasileiro, como frisa, morou em sete países antes dos 15 anos.

A partir de 2010, quando tinha 20 anos, passou a viver um turbilhão de situações. A namorada engravidou, foi reprovado na faculdade por faltas mesmo tendo boas notas e não foi contratado pela empresa onde trabalhava em Campinas, a British Petroleum, justamente por não ter o diploma.

Nesta época, voltei a frequentar a academia, pois sempre gostei, mas achava os treinos sempre os mesmos. Então assisti no Youtube o vídeo de um japonês trincadão, chamado Mike Chang, dando treinamento em casa. Comecei a utilizar os métodos dele e deu muito resultado, muito maior do que os tradicionais”, recorda.

Um dia, treinando, encontrou na academia um velho conhecido, o Sam. “Ele havia estudado comigo na escola americana, tínhamos jogado bola juntos no time, dos 14 até os 18. Brincávamos que ele treinava de terno, pois não caia uma gota de suor. Insisti para que experimentasse o treino que estava fazendo. Ele fez e, depois da primeira série, estava pingando de suor”.

O amigo pediu, então, que Rodrigo passasse o treino e aí veio a ideia: “Por que, ao invés disso, eu não vendo? Será que, além dele, outras pessoas também não gostariam? Além disso, nem todo mundo fala inglês e tem acesso a pagamento em dólar. Será que tem um negócio aí?”

Um livro e uma grande ideia na cabeça

Na época, um livro impactou Rodrigo Teixeira: Trabalhe 4 Horas por Sema[1]na, de Timothy Ferriss. “Tem uma passagem em que ele diz que só tem uma coisa que dá mais margem de lucro do que vender drogas: vender informação. Você não tem estoque, não tem um custo fixo muito alto e consegue atingir um grande público. Isso ficou na minha cabeça”.

Com a ideia que surgiu na academia e leitura que ficou marcada, começou a pesquisar o que é infoproduto. Além disso, no vídeo de treinamento do Mike Chang viu uma chamada para o site da Six Pack Shortcuts vendendo um curso, um treinamento fixo, virtual, entregue em forma de DVD.

“Era uma estratégia de aquisição que eu nunca tinha visto antes. Mandei uma mensagem para o e-mail de contato e me apresentei. Falei que havia um grande potencial e que gostaria de representá-los aqui. Responderam no dia seguinte explicando que sabiam ter uma base no Brasil, mas não como explorar isso”

Passou, então, um mês estudando, fazendo pesquisas de mercado sobre as vantagens sociais, culturais e econômicas que o Brasil, que poderiam favorecer a entrada do produto no país. “Expliquei que se não entendessem as questões de pagamento e de idioma, não teria sucesso. Essa foi a minha primeira carta de vendas, sem nunca ter estudado copy”.

Com isso, recebeu uma missão: caso fizesse 20 vendas em um mês, fechariam um contrato. “Eu pedi dinheiro emprestado para o meu então sogro para comprar um computador. Era um Macbook que custou R$ 3 mil, pois o dólar estava R$ 1,60. Não sabia nem o que era Google Adwords, mas precisava do negócio, pois era minha grande oportunidade”.

Chegou a hora de vender

Nunca havia mexido, também, com HTML, então pegou o site, os arquivos fonte, as campanhas que estavam dando certo nos EUA e adaptou para o português. “Baixei o Adobe Dreamweaver e pensei: se eu mexer no que é texto não vou zoar o layout. Subiram o site no domínio, peguei os anúncios em inglês e, com o pouco conhecimento de Photoshop, traduzi o que tinha e montei. Comecei a venda”

“A Groove vem para fomentar o empreendedorismo e eliminar o gap que existe entre Brasil e EUA. É uma plataforma só, um código só, para que o usuário faça o que sabe de melhor”

Duas semanas depois, só tinha vendido dois kits: “Já era, perdi. Vou ter que procurar um emprego. Aí começou a cair venda. Não sei o que foi que eu fiz, mas completei o mês com 48 vendas. Fui até os Estados Unidos, fechei um contrato e comecei a trabalhar oficialmente com o Six Pack Shortcuts que, na época, era o maior canal fitness do mundo em visualização e número de inscritos. Eles tinham um investimento mensal de Google Ads de US$ 500 mil. Era muito dinheiro”.

A partir daí sua trajetória deslanchou. Aprendeu muito sobre funil de vendas, upsell, Back-end, LTV, conceitos pouco falados no Brasil na venda de produtos digitais. “Passei a ser conhecido como o cara que faz funil no estilo americano. Para eu fazer vendas no Brasil na época, tinha que contratar o desenvolvedor e os bancos para fazer uma transação de venda online. Quando abri a primeira empresa, não existia CNAE para infoproduto. Hoje você abre para treinamento, e-book, podcast, tudo o que podia imaginar. O meu era, então, produto de saúde e venda de DVD”.

Chegou a hora de ensinar e revolucionar

Com a sua agência, a Funnel Experts, Rodrigo Teixeira passou também a fazer consultorias de funil de vendas e estratégias de conversão no Brasil. “Estava aplicando o que aprendia com os norte-americanos. Ninguém fazia isso aqui e, por isso, comecei a ser chamado para dar consultorias. Naquela época, em 2013, quase ninguém fazia upsell, upsell de recorrência e tripwire. O primeiro tripwire que eu consegui fazer funcionar sozinho aqui no Brasil foi em 2015, quando eu lancei um produto chamado webinário perfeito. Um produto de R$ 27 que faturou cerca de R$ 40 mil. Fiz sem tráfego, pois criei para provar que funcionava”.

Em 2018 veio a separação conjugal, o que deixou sua vida conturbada. “Foi um período extremamente difícil pra mim, que acabou influenciando meu lado profissional. Desde então, passei a trabalhar bastante o equilíbrio entre corpo, mente e negócios e, em 2020, decidi que não queria mais fazer consultoria, pois consumia muito tempo e poder mental. Vendia um ticket alto de R$ 100 mil de setup, mais 15% por 18 meses do funil de venda, pois eu sabia que colocava uma máquina que funcionava independente de mim”.

Hoje, Rodrigo considera que o seu papel no mercado, agora com a Groove, é de achar soluções criativas para problemas que ainda ninguém pensou. “Além disso, fico incomodado ao ver pessoas ensinando coisas erradas que geram um círculo vicioso. O mercado como um todo acaba sendo prejudicado”.

O próximo capítulo da vida de Rodrigo Teixeira? Será escrito agora com a chegada da Groove Digital Brasil.