Home Conteúdos Os nichos que mais pagam no marketing de afiliados Publicado em 20 de junho de 2025 Se você tivesse que apostar em um único número, qual escolheria: 6% ou R$ 10 mil? Talvez os dois. Segundo os especialistas Gabriel Breier, Rafael Albertoni e Rafa Russo, 6% é a taxa de conversão média na área da saúde — e R$ 10 mil é uma meta realista de ganhos mensais para afiliados bem posicionados. Mas, como em toda mina de ouro, encontrar o veio certo requer estratégia, testes e leitura de terreno. Comece pelo que converte Para Gabriel Breier, estrategista digital e mentor de afiliados com mais de 7 anos de experiência, os segmentos de renda extra são os mais acessíveis para iniciantes. “São mais fáceis de entender e vender. Isso ajuda quem está começando a vencer as primeiras objeções e construir confiança no processo”, afirma. Rafa Russo, consultor de growth internacional e palestrante no Affiliate World Dubai, concorda, mas amplia o leque: “Saúde e bem-estar, tecnologia para iniciantes e tudo o que for relacionado a hobbies ou pets têm boa lucratividade com barreiras de entrada baixas”. Leia mais Sua estratégia começa aqui O fim do SEO técnico? E Rafael Albertoni adiciona um novo olhar: “Um dos mais lucrativos para iniciantes é o próprio marketing digital. A melhor forma de começar é trabalhar para quem já está no jogo — com tráfego, copy, atendimento no WhatsApp. Isso acelera o aprendizado e dá retorno real desde o início”. Setores saturados ou oceano azul? Finanças, saúde e desenvolvimento pessoal continuam liderando as tabelas de comissionamento nas plataformas como Hotmart, Eduzz e Monetizze. Mas isso não significa que o iniciante está fora do jogo. “Mesmo sem audiência ou autoridade, você pode competir. O segredo está em contar uma boa história, criar identificação. A copy certa derruba qualquer barreira”, garante Breier. Rafa aposta nos micro-nichos com ângulos únicos como saída inteligente. “Não tente brigar com gigantes. Foque, por exemplo, em ‘investimentos para professores do ensino público’ ou ‘suplementação para mulheres na menopausa’. Quanto mais específico, maior a chance de conversão”. O que funciona de verdade Entre os tipos de conteúdo que mais convertem nos campos de interesse lucrativos, estão vídeos curtos com prova social, segundo Breier, e comparativos com experiência real de uso, para Russo. “Guias de solução de problemas, tutoriais e estudos de caso também geram excelente retorno para quem ainda está construindo autoridade”, completa Rafa Russo. Albertoni arremata: “Fale da dor. As pessoas não compram o produto, elas compram o alívio do problema que têm. Ficar falando só do quanto seu produto é bom é um erro. Conteúdo que fala do problema é o que realmente conecta e vende”, reforça. Além disso, os especialistas destacam a importância da estrutura por trás da oferta: copy bem feita, funil otimizado e suporte ativo do produtor. “O afiliado que só olha a comissão cai na armadilha do produto ‘meia boca’. Não adianta prometer 70% de comissão se o produto é ruim ou o funil não converte”, alerta Breier. Comissão ou volume? A dúvida entre escolher alta comissão e vendas esporádicas ou comissões menores, mas volume alto, é quase filosófica. Os especialistas são unânimes: depende. “Se o afiliado tem estrutura e caixa para testar, algo premium pode ser mais lucrativo. Mas quem ainda não domina tráfego, talvez deva começar no volume e aprender a escalar primeiro”, orienta Rafa. As plataformas e suas peculiaridades Segundo Breier, a Hotmart domina o mercado de cursos e produtos digitais, com foco internacional. A Eduzz também segue essa linha, enquanto a Monetizze se destaca pelo suporte ao afiliado. A Amazon, embora tenha comissões menores, pode ser boa porta de entrada para produtos físicos. Russo destaca os itens de tecnologia high ticket na Amazon como os mais rentáveis: “Smartphones premium, automação residencial e equipamentos fitness são boas apostas. Além disso, baby products e gadgets voltados ao conforto familiar têm tido alta performance”. Reembolsos são a pedra no sapato Um ponto muitas vezes ignorado é a taxa de chargeback. “Se passar de 1,9%, a plataforma pode até ser penalizada. Isso impacta diretamente no bolso do afiliado”, diz Gabriel. E quais categorias têm mais risco? “Emagrecimento, investimentos e cursos técnicos complexos têm reembolsos mais altos”, aponta Rafa. Brasil x Exterior: diferenças que importam Apesar das fatias de mercado campeãs se repetirem (saúde, finanças, tech), o comportamento do consumidor muda bastante, segundo Russo. “Nos EUA e Europa há maior disposição para produtos premium e recorrência. No Brasil, temos um consumidor mais sensível a preço e que prefere parcelar”. No campo dos afiliados, isso se traduz em estratégias diferentes. “Lá fora, copy curta e direta, baseada em escassez e urgência, converte melhor. Aqui, a jornada é mais emocional”, explica. Albertoni destaca a lucratividade. Para ele, vender fora do Brasil — especialmente para países da América Latina — pode ser até cinco vezes mais lucrativo. “Se você vende 100 unidades no Brasil, no mercado Latam você vai vender 200. Ou pelo menos o equivalente, considerando a taxa de câmbio. E o melhor: em dólar”. E mesmo quem está no Brasil pode lucrar com produtos digitais voltados ao exterior. “Você vende aqui e recebe em dólar. Vende em real, recebe em real. Vende em dólar, coloca esse dólar no bolso. É simples assim — e muito mais rentável”. A revolução silenciosa da IA Tanto Breier quanto Russo apontam o crescimento de produtos ligados à inteligência artificial como um campo fértil. “Prompts prontos, sistemas criativos, automações com IA… tudo isso virou nicho próprio. E ainda há muito a explorar”, afirma Gabriel. E durante as crises? Se a economia balança, alguns verticais de mercado continuam firmes: saúde íntima, emagrecimento, bem-estar mental e educação profissionalizante são campeões de resiliência. “Tem aquela frase clássica: em tempos de crise, uns choram e outros vendem lenço. Essas áreas são os lenços”, brinca Rafa. No fim das contas, qual é o melhor nicho? Não existe resposta única. “O melhor é aquele que combina com sua habilidade de comunicação, sua estrutura de vendas e sua consistência. Escolha um campo que você entenda ou esteja disposto a estudar a fundo”, aconselha Gabriel. Albertoni concorda: “Comece pelo que você consegue entregar com autenticidade. E lembre: autoridade se constrói com conteúdo relevante”. E Rafa finaliza com uma provocação: “O afiliado que ganha bem não é o que escolheu o segmento certo — é o que entendeu o comportamento do cliente antes dos concorrentes. E isso vale mais do que qualquer comissão”. *Por Chris Disconsi Leia a edição completa de Afiliados Magazine 2025 Relacionadas MAGAZINE A pressa é inimiga da comissão Trabalhar de qualquer lugar, faturar enquanto dorme, transformar a internet na sua principal fonte... MAGAZINE Perpétuo ou lançamento? Eis a questão! No marketing digital, a escolha entre vendas na modalidade perpétua ou concentração de esforços...