Como potencializar suas vendas online

Publicado em 7 de março de 2023

Houve uma explosão das vendas on-line devido aos anos de pandemia: de 4,5% para 11,5% do mercado de varejo. E ainda há um grande potencial a ser explorado no Brasil. Mas como tirar o melhor proveito deste momento? Como conseguir vender nossos produtos, já que está tudo mudando tão rápido?

Quem ensina é a especialista em e-commerce, Babi Tonhela, da Nuvemshop. Babi começou vendendo bijuterias pelo Facebook 16 anos atrás. Sonhava em poder trabalhar de qualquer lugar do mundo e ser independente. Já vendeu também roupas, bolsas, calçados, óculos e fundou um e-commerce de cosméticos veganos. Hoje é especialista em comércio on-line e já realizou consultoria e mentorias para 50 mil alunos.

Existem dois e-commercies, aquele de 2010, com as lojas virtuais e o Mercado Livre, e o de depois de 2020, pois a pandemia mudou todo o cenário, foi um ponto de virada para o mundo das vendas digitais, o varejo on-line bombou”, comenta.

Segundo ela, a referência é a China, onde esta fatia já representa 50% das vendas no varejo. “O e-commerce resistiu, cresceu e amadureceu. É a bola da vez que nunca irá sair de campo. Qualquer coisa que você abrir, precisa ter presença digital. No Brasil, portanto, temos muito trabalho ainda pela frente“, afirma.

Durante a pandemia, estima-se que mais de 20 milhões de consumidores realizaram pela primeira vez uma compra pela internet e que 150 mil lojas passaram a vender também por meio das plataformas digitais. Foram mais de 301 milhões de compras on-line, com um valor médio de R$ 419,00.

O salto do comércio eletrônico em 2020 foi o maior já visto no país. O avanço do setor em meio à pandemia foi puxado pelas categorias que já possuem maior atuação nas vendas pela internet, como telefonia, eletrônicos e eletrodomésticos, mas foi observada também uma maior penetração de segmentos como brinquedos, esporte e lazer e pets.

Em um primeiro momento, houve um aumento exponencial nos setores mais relevantes para o consumo imediato. Mas, com a continuidade das restrições de acesso ao comércio tradicional, esse avanço acabou alcançando inclusive outras categorias”.

Tendências do e-commerce para o futuro:

  1. Amadurecimento e Profissionalização.
  2. Nova visão sobre concorrência (concorrente é quem está se posicionando melhor para o seu público).
  3. Menos quantidade, mais qualidade (nova geração valoriza itens com rastreabilidade, de empresas comprometidas com a sustentabilidade, empresas locais).
  4. Canais de venda são canais de atração
  5. Missão, Visão, Valores, Propósito e Posicionamento não são enfeites.
  6. Agilidade logística é prioridade (quanto mais facilidade de frete melhor).
  7. Realidade Virtual (VR) & Realidade Aumentada (AR): e-commerce conversational (comprar falando ou solicitar ao assistente virtual), hologramas interativos, provador virtual, Metaverso (vamos viver dentro do Metaverso e vender por lá); criptowallets (cada vez mais usadas para comprar no varejo).
  8. Hiper-personalização (produtos únicos, personalizados).

“A inovação sempre significa um risco. Qualquer atividade econômica é de alto risco e não inovar é muito mais arriscado do que construir o futuro”, finaliza.

Autor: Patrícia Diguê