Home Conteúdos Por que seu programa de afiliados precisa de um gerente? Publicado em 23 de junho de 2025 No disputado universo do marketing de afiliados, onde milhares de produtos digitais competem por atenção, relevância e performance, uma figura vem ganhando cada vez mais destaque nos bastidores: o gerente de afiliados. Muito mais do que um elo entre produtores e promotores, esse profissional tem se tornado o verdadeiro maestro da escalabilidade nas operações que buscam crescimento estruturado. Mas afinal, quando é a hora certa de contratar um gerente de afiliados? E o que muda, de fato, com a presença desse papel na estratégia de vendas? Para responder a essas perguntas, conversamos com três grandes nomes do setor: Rebeca Saidel, mentora de afiliados procurada por grandes empresas para formar equipes internas; Waldyr Reinoso, eleito o melhor gerente de afiliados do país em 2024; e Mari Marçal, estrategista digital com passagens por operações robustas como a da 7Play. O que eles nos revelaram ajuda a esclarecer não apenas o momento ideal de trazer esse profissional para o time, mas também como ele pode se tornar o diferencial competitivo de um pro duto no mercado. Métricas, relacionamento e educação “O afiliado é um investidor externo. E o gerente precisa garantir que ele tenha lucro, reinvista e se sinta parte da estratégia da empresa. Essa é a essência da função: cuidar do relacionamento e da rentabilidade ao mesmo tempo”, explica Rebeca Saidel. Waldyr Reinoso complementa: “Ele atua como orquestrador da escalabilidade. Orienta, monitora e transforma afiliados em ativos de alta performance. Mais do que suporte, ele entrega direção e sentido ao programa”. Leia mais Os nichos que mais pagam no marketing de afiliados Sua estratégia começa aqui De acordo com Mari Marçal, a atuação desse profissional deve ser vista como estratégica. “Ele é a ponte entre o produto e o afiliado. Compartilha estratégias validadas, ajusta campanhas, propõe melhorias e direciona os afiliados com base em dados. Isso não só melhora os resultados como reduz tentativas frustradas”. Quando é a hora? Para os especialistas, existem sinais claros de que chegou o momento de investir nessa contratação.“Se você já tem afiliados ativos, mas não está extraindo o máximo deles, é hora. Se o programa pode dobrar com um gerente, está caro demais não tê-lo”, provoca Waldyr. Mari aponta os sintomas mais comuns de uma operação desestruturada: “afiliados desmotivados ou inativos, dúvidas recorrentes, dificuldade para escalar campanhas, falta de suporte e materiais desatualizados. Esses são sinais clássicos de que você precisa de um gerente para dar conta do crescimento e da manutenção”. Rebeca vai mais fundo: “um produtor só deve dizer que tem um programa de afiliados de verdade quando tiver um gerente para estruturá-lo. É esse profissional quem entende de recrutamento, onboarding, performance e comunidade. Sem ele, é só um amontoado de links soltos”. Contratar ou terceirizar? A decisão entre ter um gerente interno ou terceirizado depende do estágio da empresa. Mari, por exemplo, hoje atende vários clientes como consultora. “O profissional interno está mais imerso na cultura e mais disponível. Já o terceirizado traz experiência de outros projetos e tem uma visão mais ampla, mas pode ter menos exclusividade. Ambos funcionam, desde que haja alinhamento claro de metas e responsabilidades”. Para Rebeca, o melhor caminho é formar times internos. “Afiliados são investidores. Se o gerente é externo, a conexão se fragiliza. Já vi operações inteiras ruírem porque o profissional saiu. Prefiro contratar e treinar gerentes que fiquem na empresa”. Waldyr sugere um modelo de transição. “Comece terceirizando, para ganhar agilidade e experiência. Mas, assim que a base crescer traga o profissional para dentro, com foco total na gestão”. Habilidades e impacto direto nas vendas Comunicação clara, empatia, visão estratégica, liderança e proatividade são algumas das habilidades citadas pelos três especialistas. “O gerente precisa saber ouvir, analisar dados e traduzir isso em ações. Precisa ser estratégico, mas também operacional. É um perfil raro, mas cada vez mais valorizado”, diz Mari. Waldyr aponta a capacidade de criar desafios, reconhecer talentos e personalizar abordagens como essenciais para impulsionar resultados. “Com um bom profissional, você reduz inativos, engaja o time, otimiza as campanhas e fideliza os melhores afiliados. Tudo isso se traduz em aumento direto de vendas”. Rebeca concorda: “afiliado que se sente visto e acompanhado vira um promotor espontâneo do produto. O LTV — Lifetime Value, valor total que um afiliado pode gerar para a empresa ao longode sua permanência ativa na operação — aumenta ao contratar um gerente de afiliados. Já o ROI — Return on Investment, ou retorno sobre o investimento — melhora e a reputação da marca se fortalece”. Erros comuns (e caros) Entre os maiores equívocos está tratar afiliado como um recurso automático de vendas. “Afiliado é quase um sócio. Muitos produtores têm medo de entregar ‘o ouro’, mas esquecem que sem estratégia e suporte, o afiliado desiste”, alerta Mari. Waldyr destaca que não acompanhar métricas, deixar perguntas sem resposta e perder top afiliados por falta de atenção são erros fatais. “Não existe crescimento só com volume. É preciso gestão”. Rebeca é enfática: “Afiliado está carente de gente de verdade. Se você tratar como número, vai perder para quem oferece relacionamento e transparência”. ROI mensurável, impacto visível Os três profissionais garantem: é possível medir o retorno da atuação de um gerente. “Compare o antes e depois: vendas, engajamento, retenção, participação em campanhas. O impacto aparece rápido”, diz Waldyr.Mari compartilha um case: “Em uma operação com 2 mil afiliados, menos de 5% estavam ativos. Com comunicação estruturada, desafios semanais e capacitação, dobramos o faturamento em 90 dias. Foi a gestão que fez a diferença”.Rebeca conclui. “Mais do que vendas pontuais, o gerente traz recorrência. E esse é o verdadeiro jogo no digital”. O diferencial competitivo que você não vê, mas senteEm um mar de produtos parecidos, o gerente de afiliados transforma um link em experiência. “Tem produto que entrega só a promessa. E tem programa que entrega suporte, comunidade, conhecimento e oportunidades. Adivinha qual o afiliado escolhe?”, questiona Waldyr. Rebeca encerra com uma reflexão: “Afiliado quer se sentir parte. Quando encontra isso, ele fica, promove, recomenda. Quem entende isso não cria só vendas. Cria legado”. Por Chris Disconsi Leia a edição completa de Afiliados Magazine 2025 Relacionadas MAGAZINE A pressa é inimiga da comissão Trabalhar de qualquer lugar, faturar enquanto dorme, transformar a internet na sua principal fonte... MAGAZINE Perpétuo ou lançamento? Eis a questão! No marketing digital, a escolha entre vendas na modalidade perpétua ou concentração de esforços...