Transforme infoprodutos em negócios escaláveis

Publicado em 24 de setembro de 2024

“Toda empresa grande começou pequena”. A afirmação pode parecer clichê, porém é considerada um dos segredos de sucesso para quem está no mercado de marketing digital tentando transformar infoprodutos em negócios escaláveis. Esse primeiro ensinamento é transmitido pelo COO e Sócio da Lastlink, Raoni Lapagesse, que tem levado a sua experiência no setor mostrando como otimizar o CAC (Custo de Aquisição de Cliente) e ao mesmo tempo aumentar o LTV (Lifetime Value). Para ele, a criação de um ecossistema é o ponto chave para abrir portas e tornar a empresa um modelo a ser seguido. Foi exatamente isso que fizeram as gigantes Amazon e Lego.

É importante pontuar que o CAC é uma métrica de marketing e vendas relacionada ao investimento para adquirir um novo cliente, incluindo custos com marketing, publicidade, vendas, entre outros. Ele não pode deixar de ser acompanhado e envolve o trabalho da equipe por todo o funil de vendas, que vai desde a atração de visitantes e a nutrição de leads, até o fechamento da compra. Já o LTV é o valor total que um cliente traz durante o seu relacionamento com a empresa.

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“Como a Amazon chegou lá? Como se tornou a maior varejista do mundo? Focando em fazer o simples bem feito. Ao invés de tentar adivinhar o que vai ser em dez anos, é melhor se concentrar no que não vai mudar em dez anos. Nesse caso, estamos falando de preço baixo, sortimento e experiência do cliente. A Amazon foca nesses três pilares. Com base nisso, foi criado o modelo Flywheel da Amazon ou Ciclo Virtuoso da Amazon”, destaca Lapagesse.

A estratégia da marca representa um ciclo auto-reforçado de atividades e fatores que, ao girarem juntos, impulsionam e alavancam constantemente a expansão da empresa. O compromisso central e inabalável é com a satisfação do cliente. Para isso, é fornecida a melhor experiência, cujo resultado é a fidelização do consumidor e a repetição de negócios. Segundo o especialista, o segredo da Amazon reside em conectar seus negócios, aproveitando os clientes já dentro do ecossistema.

“Ela sabe que o cliente deseja o máximo de seleção de produtos possível. Quanto mais gente entra no site, há mais interessados em querer vender na Amazon. Essa roda gira e uma coisa impulsiona a outra, gera crescimento. Não é à toa que hoje é avaliada em R$ 2 trilhões, após ter começado com apenas duas pessoas e uma loja de livros. Ela diversificou os seus produtos gerando um ecossistema atualmente capaz de competir com gigantes da tecnologia”, explica o sócio da LastLink, plataforma para quem quer vender produtos digitais e a única startup brasileira a participar da aceleração da Meta entre novembro e dezembro do ano passado.

Por meio do exemplo da Amazon, Lapagesse é capaz de responder uma das principais perguntas dos profissionais, que desejam entrar no mercado ou almejam um crescimento significativo:

O que faz um infoproduto ter sucesso? Ele explica que é justamente a construção de ecossistemas robustos a partir de produtos digitais.

A Lego é outra empresa com história inspiradora na era digital, cujos números não mentem: a organização não só se manteve relevante, como atingiu mais de 8 bilhões de dólares em receita e 2 bilhões em lucro. Tudo isso baseado em inovação ao longo do tempo e diversificação inteligente, já que expandiu seu alcance por meio de produtos adicionais, como filmes, revistas em quadrinhos e games, elaborados ao redor do item principal. Para quem não sabe, a Lego quase faliu em 2004, mas deu a volta por cima ao ampliar a sua atuação. Passou, inclusive, a colaborar em outras frentes, como a de educação e desenvolvimento de crianças.

“Se é possível desenvolver um ecossistema a partir de uma peça criada em 1932, é factível a partir de qualquer coisa. Precisamos entender se o nosso segmento tem tamanho e maturidade para isso. E ao olharmos para o mercado de infoprodutos, temos tamanho e espaço. O problema é que algumas pessoas tentam encontrar um infoproduto que vai ser a bala de prata, e o que vemos nesse mercado é o contrário, não há bala de prata. É fundamental ter equilíbrio entre CAC e LTV. Os produtos têm que se retroalimentar”, diz Lapagesse, reforçando que se o CAC for maior que o LTV, o produto pode não ser sustentável.

Vale ressaltar que o mercado de infoprodutos no Brasil já movimenta mais de R$ 20 bilhões por ano. Além disso, 25 milhões de pessoas compraram um produto digital no Brasil em 2023. Um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas, também revelou que 54% dos internautas do país compraram algum tipo de infoproduto entre março de 2023 e março de 2024.

De forma resumida, o sócio da Lastlink reitera:

  • O mercado de creator economy deve atingir 500 bilhões de dólares até 2027, o dobro do registrado atualmente;
  • Assim como nos ecossistemas, a chave para construir negócios duradouros é reduzir o CAC e aumentar o LTV;
  • Ter múltiplos produtos que se retroalimentam transformam infoprodutos em negócios escaláveis;
  • Ter diferentes formatos de entrega de conteúdo é fundamental (área de membros, instagram, telegram e whatsapp).