Tráfego orgânico X Tráfego pago

Publicado em 25 de abril de 2025

Atrair tráfego qualificado é o ponto de partida para gerar vendas no marketing de afiliados. Mas surge a dúvida: investir em tráfego pago ou apostar no orgânico? Para responder a essa pergunta, a Afiliados Magazine entrevistou Lucio Artes, mentor e expert em vendas online com IA, com mais de 13 anos de experiência ajudando pessoas a construírem e escalarem negócios digitais. Ele trouxe uma análise detalhada sobre as vantagens e desvantagens de cada tipo de tráfego e, principalmente, como combiná-los de forma estratégica para gerar resultados consistentes.

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Entendendo os dois mundos

Segundo Lucio, não existe um único modelo que funcione para todos. “Cada tipo de tráfego tem sua própria natureza, e entender isso é o que permite fazer escolhas mais inteligentes. Não existe um “melhor” absoluto – existe o mais adequado para o momento, para o perfil e para a estrutura que o afiliado tem nas mãos”, explica.  A seguir, ele detalha os principais pontos:

Tráfego Pago

Vantagens

  • Controle total: você decide o volume, o momento e o público-alvo dos anúncios.
  • Velocidade: consegue validar uma estrutura, um criativo ou uma oferta em poucas horas ou dias.
  • Escalabilidade: se a estrutura estiver validada, basta aumentar o investimento para multiplicar os resultados.
  • Precisão de segmentação: pode alcançar públicos extremamente específicos com base em interesses, comportamento, localização, etc.

Desvantagens

Custo imediato: cada clique tem um preço e é possível perder dinheiro sem uma estrutura validada.

Curva de aprendizado: exige conhecimento técnico e análise de métricas.

Risco sem estratégia: sem planejamento, vira desperdício.

Tráfego Orgânico

Vantagens

Baixo custo: você não paga para aparecer, apenas pelo esforço de criar o conteúdo.

Autoridade e confiança: conteúdos consistentes geram percepção de valor.

Resultados de longo prazo: um bom post pode gerar tráfego por meses ou anos.

Engajamento real: conteúdos orgânicos costumam gerar mais proximidade, engajamento e confiança com a audiência.  

Desvantagens

Menor controle: você não decide quantas pessoas vão ver seu conteúdo nem quando.

Resultados mais lentos: Leva tempo até que a audiência cresça. No tráfego orgânico é necessário consistência e paciência – os frutos não aparecem de um dia para o outro.

Alta concorrência: É preciso estratégia para se destacar entre tantos criadores.

O foco continua sendo o usuário

“Tanto no tráfego pago quanto no orgânico, o resultado sempre depende da resposta do usuário”, reforça Lucio. Não importa o tipo: quem define se haverá conversão é a página, a VSL, a copy ou a oferta – e não o meio de atração.

Quando o assunto é tráfego orgânico, aponta o especialista, vídeos no YouTube, Reels no Instagram, carrosséis, postagens no TikTok e artigos em blog são estratégias que podem ser trabalhadas com conteúdos que alcançam pessoas de forma natural, sem impulsionamento direto. “Tudo isso, quando bem alinhado com o que as pessoas realmente buscam, pode gerar tráfego altamente qualificado”, explica.

Só que aqui está o ponto: o foco continua sendo o usuário.

O que ele quer? O que ele pesquisa? Quais dores ele sente? Que tipo de conteúdo ele consome?

Para responder a essas perguntas, explica Lucio, entram ferramentas como o Planejador de Palavras-chave do Google, o Google Trends e até a simples observação das tendências dentro das plataformas. “Elas ajudam a identificar o que está em alta e quais conteúdos têm maior chance de atrair tráfego naturalmente. Criar conteúdo orgânico eficiente é entender o timing, o formato e o interesse real do seu público”, finaliza. 

Já o tráfego pago é recomendado para quem deseja acelerar os resultados, testar rapidamente e atrair visitantes de forma previsível e controlada. Ele é o caminho mais direto – sim, mesmo para iniciantes. Porém, junto com essa possibilidade de escalar vem a responsabilidade de monitorar métricas com atenção.

A estratégia mais inteligente: unir os dois

A combinação dos dois tipos de tráfego transforma uma operação instável em um sistema sustentável, garante Lucio. A ideia não é escolher entre um e outro, mas entender como eles se complementam:

  • O tráfego pago traz velocidade, volume e controle – é indicado para testar hipóteses, validar ofertas, gerar dados e escalar campanhas com clareza sobre ROI.
  • O tráfego orgânico constroi autoridade, posicionamento e ativos de longo prazo – serve para nutrir a audiência, reforçar a proposta de valor, reduzir objeções e criar familiaridade com sua marca.

O jogo é usar os dois de forma interligada, não isolada. E como combinar os dois na prática? Lucio traz três formas de aplicar essa integração:

  1. Use dados do tráfego pago para criar conteúdo orgânico – campanhas pagas geram dados valiosos. Se um anúncio performa bem com determinado gancho ou dor, transforme isso em conteúdo. 
  • Transforme conteúdos orgânicos em criativos pagos – se um post orgânico viralizou, use-o como base para uma campanha paga. O conteúdo já foi validado pela audiência – isso aumenta as chances de sucesso com anúncios.
  • Crie uma jornada inteligente – o tráfego pago pode levar o usuário até um conteúdo orgânico, aquecendo o lead antes da oferta. Ou o contrário: atrair organicamente e converter com remarketing pago.

“Quando você entende que ambos servem ao mesmo objetivo –  gerar resultados reais – começa a enxergar o tráfego como parte de um sistema de vendas, e não como uma decisão isolada”, finaliza. O recado está dado: a fórmula não está em escolher, mas em equilibrar. Tráfego pago e orgânico, quando bem alinhados, geram mais que cliques –  constroem negócios sustentáveis.