Apostas esportivas devem ser vistas como entretenimento e diversão

Para Rodrigo Cambiaghi, a cultura de apostas esportivas precisa ser fomentada no Brasil, assim como na Europa

Apostas esportivas devem ser vistas como entretenimento e diversão

Como escolher uma casa de apostas para ser afiliado? Quanto a marca investe? Quanto ela vale? Quanto as pessoas conhecem? Essas são apenas algumas das perguntas que permeiam as estratégias de aquisição e tráfego para campanhas de Apostas Esportivas, de acordo com o diretor de vendas LATAM da Sportradar, Rodrigo Cambiaghi.

Apostas Esportivas entenda

“Quem gera o último click, ganha o resultado”

O especialista destaca termos comuns para quem deseja se familiarizar com o mercado como, por exemplo, funil de conversão. E também ressalta a importância do papel do afiliado de trazer ao público a parte da emoção, ou seja, ele entende que a aposta esportiva deve ser vista como entretenimento e diversão. 

“O primeiro fator é diversão. Se o afiliado consegue trabalhar isso no jogador, ele ficará para sempre na plataforma e é fundamental preservar o jogador. Na Europa, por exemplo, percebemos que a cultura do jogo está muito forte dentro da população e precisa também ser fomentada no Brasil”

Cambiaghi é diretor da Sportradar, empresa global em tecnologia esportiva responsável por criar experiências imersivas para fãs e apostadores de esportes. No ano passado, a empresa foi destaque na mídia, após disponibilizar um whitepaper, que trata de um dos desafios mais importantes e oportunos para o setor de aposta. O estudo “Como Controlar os Custos de Aquisição de Clientes em Apostas Esportivas” apresenta a relação CPA (custo de aquisição) x LTV (ciclo de vida) e traz uma série de orientações para que os operadores reduzam o custo de aquisição e impulsionem o ciclo de vida dos seus clientes para uma operação mais rentável. Na ocasião, Cambiaghi afirmou que essas métricas estão intrinsecamente ligadas e por isso a abordagem do assunto no whitepaper.

“Quanto mais alto for o CPA, mais alto terá de ser o LTV”

O executivo também alertou os participantes sobre os ganhos dos afiliados ao conseguirem equilibrar branding, comissão e produto.

“O trabalho do afiliado é gerar o último clique. Qualquer diferencial que a marca tiver vale destacar na campanha. Isso melhora substancialmente a taxa de clique. Dentro das boas práticas também são diferenciais criar relacionamento com o jogador, educar e informar”.

Quando se trata “do que não fazer”, o executivo apontou os incentivos indevidos para cadastro e depósito, e o uso de artes e embaixadores da marca em sites de conteúdo adulto ou de violência.

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O Growth Market da NSX, Eric Gaighe, também deu algumas dicas para quem pretende começar neste mercado.

“O modelo FTD (First Time Deposit) que é o dinheiro na frente, costuma ser um modelo interessante para quem está começando e não tem caixa, pois só de trazer o cadastro já está ganhando alguma coisa. O cassino também costuma ser uma boa porta de entrada”. 

E para os curiosos sobre quanto ganha um afiliado de casas de apostas, Eric conta que os valores podem começar em R$5 mil e chegar a R$ 100 mil por mês de remuneração, sempre subindo. A principal região no índice de cultura de apostas? A Sudeste, que ultrapassou a Nordeste e pode ser utilizada como estratégia de negócios.

“Considerem regionalizar a comunicação de vocês, ajuda muito no trabalho”