Como não anunciar produtos falidos

A lição mais importante ensinada pela especialista Patrícia Lionn, que proferiu palestra durante a Afiliados 2019, é identificar o “momento certo do produto”. É um erro achar que este melhor momento é quando o produto está “bombando”.

Formada em Comunicação e Administração, Patrícia passou 12 anos no serviço público até que resolveu mergulhar no marketing digital e abandonou tudo, tornando-se co-produtora de várias empresas de diferentes segmentos.

Primeiramente, o afiliado precisa ter em mente que todo produto tem um ciclo de vida, dividido em três fases: Introdução, Crescimento e Maturidade. O conceito se baseia na chamada Matrix BCG, termo criado na década de 1970 pela empresa de consultoria Bonston Consulting Group (BCG) que dá nome a uma metodologia de análise gráfica do portfólio de negócios ou produtos de uma empresa. A Matrix BCG leva em conta o ciclo de vida dos produtos e a participação e potencial de crescimento deles no mercado.

Com estes dados em mãos, o negociador pode definir quais ações tomar: construir (aumentar a participação no mercado); manter (preservar a participação no mercado); colher (conseguir o máximo do negócio e aos poucos descontinuá-lo); ou abandonar (vender ou encerrar o negócio). “A Matrix BCG é tão atual como quando foi lançada, ela não serve só para produtos tradicionais, mas para os digitais também”, comenta a especialista.

Segundo ela, a maioria dos afiliados comete os mesmos erros na hora de escolher seus produtos. “Todos acham que o melhor é afiliar-se a um produto de sucesso, quando ele está dando lucro, mas, neste momento de auge, ele pode se tornar um abacaxi. O melhor momento, portanto, é na fase de crescimento. Meu conselho é não pegar vacas leiteiras, mas na fase de estrela (ciclo de vida inicial)”.

Com base nisso, Patrícia lista 5 erros na hora de escolher o melhor produto:

Perder o timing: o produto já está com a estrutura e o mercado saturados, ou seja, o consumidor já não se convence mais.
Não analisar a demanda real, achando que, para isso, basta checar a quantidade de buscas.
Não analisar a concorrência.
Não variar o leque de produtos substitutos.
Não avaliar o nível de concorrência entre afiliados.

Cometer estes erros no caminho levará os afiliados a enfrentar 6 principais consequências:

1) Vai ficar atrás do concorrente.
2) Vai enfrentar um mercado já poluído, ou seja, com comentários ruins.
3) Terá menor participação de mercado.
4) Gastará mais para obter a mesma taxa de conversão.
5) Terá um ROI (retorno sobre investimento) menor.
6) Alcançará uma receita menor.

“Se quer lidar com marketing de afiliados você tem que entrar correndo. Anuncie o produto certo na hora certa que vocês terão sucesso”, ensina. Entre outros conselhos, ela ainda faz 7 recomendações:

1) Ter uma estrutura forte para produzir copywritings “matadores”.
2) Relacionar-se com o produtor.
3) Inovar na estrutura da oferta, sem copiar a concorrência.
4) Ser o primeiro a anunciar o produto.
5) Fazer análise de SEO.
6) Analisar seu nicho.
7) Trabalhar produtos substitutos.