O que vende é a estratégia, não a ferramenta

Uma hora escutando a especialista em marketing digital Regina Santana traz a sensação de ter acabado de sair de um curso de pós-graduação de dois anos. É tanto conhecimento acumulado nesta portuguesa, que comanda diferentes empresas pelo mundo, que dá vontade de prolongar a conversa por mais algumas horas.

Regina Santana palestrando na Afiliados Brasil 2019

O que vende é a estratégia, não a ferramenta

Em apenas uma horinha que ela compartilhou profundos conhecimentos em marketing de afiliados durante a feira Afiliados 2019 com certeza foram suficientes para mudar um pouco a vida e a visão de mercado de cada um dos expectadores que lotaram o auditório do evento.

A primeira lição da leoa do marketing é ter estratégias para separar leads de compradores e não-compradores. Entre elas, está introduzir um produto de entrada com ticket baixo, por exemplo. Outra lição é sempre possuir um produto de recorrência para ir atrás de quem ainda não comprou. Para isso, são necessários conteúdos relevantes para que o consumidor acredite no produto. “Isso significa subir a escadinha com os mesmos leads, mas oferecendo produtos de maior valor. Angariar um novo cliente custa 8 a 10 vezes mais do que fidelizar um cliente novo”, ensina.

Este planejamento estratégico é fundamental e deve levar em conta não só o produto, mas também o mercado, a campanha, os públicos, a comunicação e as plataformas. Mas como definir um novo produto? Para Regina, o melhor produto é principalmente aquele com o qual você se identifique, seja físico ou digital.

Na hora de estudar o mercado é preciso ter em mente que os públicos têm necessidades diferentes. “Até mesmo dentro de um mesmo país as necessidades variam de um lugar para outro, o comportamento do consumidor é altamente influenciado pelo fator cultural, então o certo é trabalhar regionalmente”. Ou seja, levar em consideração, por exemplo, a classe social, os comportamentos, idioma, sexo e escolaridade desse público. E não esqueçam: “Nem todas as pessoas usam os mesmos canais para as mesmas coisas”. Então, deve-se ter plataformas digitais diferentes para cada rede. “Estejam em todos os lugares!”.

Conteúdo é rei

Na hora de produzir conteúdo, ela ensina a seguir o modelo AIDA (Atenção, Interesse, Desejo, Ação). “Por qual motivo o seu potencial cliente deve comprar o seu produto e não outro qualquer? Quais vantagens e benefícios o seu produto possui?”

E recomenda:

  • O conteúdo precisa ser claro e demonstrar que o negócio é transparente.
  • Conte histórias, transmitindo os seus valores e os da sua marca.
  • Foque na dor ou na necessidade do cliente. Se conseguir isso, o subconsciente dele o levará à ação.
  • Demonstrar escassez é uma estratégia interessante, porque as pessoas preferem comprar produtos que outras pessoas não terão acesso, elas valorizam o que é raro e difícil de obter.
  • Ofereça algo gratuito, isso gera um sentimento de dívida e mostra uma atitude mais disponível.
  • Surpreenda: o valor recebido e percebido pelo cliente tem que ser superior ao esperado, ele deve ficar maravilhado e, assim, fidelizado.
  • Gere curiosidade: os primeiros segundos de um texto ou vídeo são cruciais para prender a atenção do cliente.
  • Demonstre que o cliente é que está decidindo, não você que está impondo algo, a decisão de compra precisa ser sentida como algo natural.
  • Lembre-se que a missão do vendedor é sempre resolver o problema do cliente, não é ganhar dinheiro.