Indústria de iGaming deve faturar USD 145 bilhões

Indústria de iGaming deve faturar USD 145 bilhões

Começou o Gambling Brasil, evento realizado em São Paulo, até este sábado (25), simultaneamente ao já tradicional e esperado congresso Afiliados Brasil, reunindo os principais atores da indústria de apostas esportivas, cassino e jogos online, além de afiliados, anunciantes, compradores e vendedores de tráfego e todo tipo de usuário e empresas direta ou indiretamente ligados a apostas virtuais. Quatro palestras trouxeram conteúdos ricos e totalmente relevantes para os profissionais do setor e contou com a presença de especialistas do mercado que trouxeram cases, dados e insights importantes sobre a atuação de afiliados no universo dos jogos.

André Almeida, gerente master de Afiliados do Win Wave Club, trouxe para debate o tema “Como criar uma rede milionária de afiliados, 100% de forma orgânica”, com base em sua própria experiência no mercado de IGaming, mostrando como ele conquistou os resultados impressionantes até aqui e a sua previsão de faturar R$ 5 milhões até o fim deste ano.

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Ele ressaltou que é importante buscar empresas sólidas, com bom percentual de retorno, mas que ainda é mais fundamental validar seu próprio tempo como grande investimento do trabalho. “Se você não tem dinheiro para investir, o seu tempo é o seu maior investimento. Por isso, para alcançar o sucesso é preciso ter disciplina, resiliência, networking e transparência, afirma.

Wesley Estrela, CMO da Major Sports, também esteve no Gambling Brasil e trouxe dados importantes sobre o mercado, pontuando que a indústria de iGaming tem expectativa de faturar 145 bilhões de dólares até 2030, além de traçar um perfil das tendências para o próximo ano. “Sobre o crescimento, temos como principais impulsionadores a pandemia da Covid-19, que obrigou muitas pessoas a terem outra fonte de renda trabalhando a partir de casa; e as crescentes tecnologias, que vão surgindo e fortalecendo a nossa indústria. Já as principais tendências são a ascensão da Realidade Virtual e da Realidade Aumentada, o uso das tecnologias blockchain e criptomoedas para pagamentos, maior expansão global, a personalização por meio da Inteligência Artificial e a proteção ao jogador, sustentabilidade e jogo responsável, estes três últimos muito essenciais, pois, acima de qualquer coisa, estamos lidando com pessoas”.

Iniciantes no mercado de afiliados, Douglas Januário e Luis Mussi, sócios-fundadores da Retornar Tecnologia, empresa que realiza sorteios legalizados, trouxeram a perspectiva mais humana da atuação no mercado de afiliados, com o conceito da transformação de vidas. 

“Vimos que o setor de afiliados seria positivo após uma inédita ação que fizemos no ano passado com o time do Botafogo, do Rio de Janeiro, quando a equipe ainda era líder do Campeonato Brasileiro, após muito tempo sem o clube estar em uma posição destaque no cenário nacional e, mesmo assim, os torcedores não estavam se engajando o suficiente para irem aos jogos. Então, fizemos uma parceria em que sorteamos um Maverick V8, customizado para o clube, com o nome de V8 Glorioso, em que testamos o formato de afiliação, tendo o Botafogo responsável apenas por publicar os conteúdos que enviamos”, comenta Douglas.

Contudo, mesmo com a expectativa de aumentarmos o faturamento, para nós é ainda mais vital fazermos parte de algo que transforme a vida das pessoas. Se você colocar isso em primeiro lugar, as coisas positivas irão voltar para você. É mais feliz aquele que dá, do que aquele que recebe”, afirmou Luis Mussi.

Por fim, Kayky Janiszewski, CEO da Legitimuz, ressaltou a importância de uma verificação de identidade e do reconhecimento facial mais agilizado para aumentar as possibilidades de conversão dos leads já no cadastro, evidenciando que sem isso o mercado de apostas online poderá experimentar baixa conversão de leads de depositantes nos próximos anos.

“Outro fator que precisa ser levado em conta é que muitos brasileiros possuem telefones com câmeras de baixa qualidade, o que também compromete o reconhecimento de documentos no cadastramento. Isso está aumentando a desistência dos clientes. A velocidade da verificação na hora do cadastro é fundamental para evitar as baixas cadastrais. E é possível encurtar etapas com uso da IA, por exemplo, visando garantir maior conversão já no cadastramento”, finaliza.